Espetáculo da obra de Kalil Gibran fica em cartaz nos dias 1, 2 e 3 de setembro, no Teatro SESIMINAS.
O Profeta, de Khalil Gibran, é um dos livros mais lidos do mundo e já foi traduzido para mais de cem idiomas. A história da jornada turbulenta e incerta do homem pela vida ganha peça de teatro pela primeira vez no Brasil, com uma releitura filosófica baseada na obra de Khalil Gibran por Lúcia Helena Galvão, interpretação do cantor libanês Sami Bordokan e direção de Luiz Antônio Rocha (indicado ao prêmio Shell 2019 pela montagem de Paulo Freire, O Andarilho da Utopia).
Belo Horizonte recebe o espetáculo nos dias 1o, 2 e 3 de setembro (sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 17h), no Centro Cultural SESIMINAS.
“A cultura amplia nosso entendimento da vida, do mundo e nos aproxima das pessoas com um espírito de respeito, solidariedade e compreensão com a finalidade de alcançar valores éticos, morais e permanentes que reforcem a dignidade humana. E é na busca para melhorar o mundo e o ser humano, por meio do teatro e da filosofia, que surge esse projeto baseado na obra homônima de Khalil Gibran”, conta o diretor Luiz Antônio Rocha.
Depois do sucesso de público e crítica da montagem teatral Helena Blavatsky, a voz do silêncio, a autora e filósofa Lúcia Helena Galvão repete a parceria com o encenador Luiz Antônio Rocha.
Em seu segundo desafio para teatro, faz uma releitura filosófica da obra do poeta libanês.
“O profeta está enraizado na própria experiência do autor como um imigrante e serve de inspiração para qualquer um que se sinta à deriva em um mundo em fluxo. A vida e os pensamentos de Khalil Gibran se entrelaçam com as nossas vidas e compõem parte importante do que somos”, diz a autora.
No papel título, o músico e cantor libanês Sami Bordokan conta essa história pelas cordas do seu alaúde.
Sami é pesquisador de música árabe clássica e folclórica e faz releituras de temas tradicionais num trabalho de resgate de peças ancestrais. Seu estilo de tocar o alaúde e de cantar é único reunindo influências diversas desde a música clássica árabe, o canto bizantino, o Sufismo, o flamenco e a música popular brasileira.
Assim, O Profeta apresenta uma variedade de sons e ritmos, utilizando instrumentos musicais ancestrais como o alaúde, a flauta nay, a rabab e a derbak, tocados pelo músico William Bordokan, além do místico canto oriental entonado pelo próprio ator em cena.
“O espetáculo me remete ao passado, à minha juventude em Miniara, meu vilarejo no norte do Líbano, numa manhã de primavera colorida pela flor da amêndoa e pelo frescor da brisa das montanhas de cedro que abraçam o meu presente e iluminam o meu amanhã com a luz da esperança de que posso me tornar um homem cada vez melhor”, conta Sami.
Para o diretor, a peça é uma história de rara beleza. “A força de suas parábolas, a poética musicalidade, a profundeza de seus conceitos são um bálsamo nos dias de hoje. O amor é o fio condutor da história e nos faz redescobrir o papel do coração.”
Em doze ensaios poéticos, baseados na obra de Gibran, a história desafia o vazio e descortina a beleza das ideias sobre o que ocorre entre o nascimento e a morte.
Temas profundos e atemporais como amor, dor, filhos, trabalho, tempo, liberdade, alegria, tristeza, morte, entre outros, são abordados com a ternura e a sabedoria que vem do Oriente.
Numa atmosfera de enlevo e encantamento a peça é um convite para sermos dignos da vida e a viver ao nível do que há de mais elevado em nós.
O projeto de luz é de Ricardo Fujii e cenário e figurinos do artista plástico uruguaio Eduardo Albini. A direção musical é assinada pela dupla Sami e Willian Bordokan.
Sinopse
O profeta All Mustafa está prestes a embarcar em um navio para retornar a sua terra natal após um ciclo de doze anos de exílio na cidade de Orfhalese. No dia da partida, antes da chegada iminente de seu navio, os habitantes da pequena cidade pedem a ele que lhes fale sobre as questões fundamentais da condição humana. E assim, o profeta responde com reflexões que, na sua aparente simplicidade, revelam uma compreensão profunda da vida e do processo de existir.
Ficha técnica
Texto: Lúcia Helena Galvão Interpretação: Sami Bordokan Encenação: Luiz Antônio Rocha Participação especial: William Bordokan Cenário e Figurinos: Eduardo Albini Projeto de Luz: Ricardo Fujii
Direção musical: Sami Bordokan e William Bordokan
Assistente de direção: Hanna Perez
Vídeo mapping: Júlio Mauro / Cine Mauro
Direção de arte: Eduardo Albini
Preparação corporal e direção de movimento: Hanna Perez Caracterização: Mona Magalhães
Adereços e efeitos: Nilton Araújo
Artista têxtil: Priscila Pires
Costureira: Marcela G. F. Artusi
Parceria: Nova Acrópole Brasil
Produção Executiva: Luiz Antônio Rocha
Produção: Espaço Cênico Produções Artísticas
Serviço:
Dias 1o, 2 e 3 de setembro
Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 17h
LOCAL: Centro Cultural SESIMINAS - Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Ingressos: R$ 100,00 / R$ 50,00 Duração: 80 minutos
Vendas: www.sympla.com.br
Classificação indicativa: Livre
Capacidade: 611 lugares
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